sexta-feira, 4 de maio de 2018

A confirmação do carácter particular da viagem de Filipa Fernandes à Índia

Na querela sobre a viagem à Índia da cidadã Filipa Fernandes, tem sido evidente que a falta de tradição democrática impede uma visão clara das diferentes situações. Por falta de hábito, muitos cidadãos -a maior parte- pensam que estes desacordos não passam afinal de questões pessoais, de embirrações de inimigos, ou de adversários políticos.
Sucede que neste caso, pelo menos no que toca a Tomar a dianteira 3, trata-se tão só de tentar defender a legalidade vigente, que o mesmo é dizer as instituições democráticas e os procedimentos conformes com a Lei. Não há portanto nada de pessoal, no facto de discordar quanto ao verdadeiro objectivo central da referida viagem à Índia da cidadã em causa.
Para a actual maioria, seus apoiantes e outros seguidores, que são muitos enquanto houver maná, a cidadã foi representar Tomar e promover o concelho na Índia, pelo que é normal que todas as suas despesas de deslocação e estada sejam pagas pelos contribuintes tomarenses.
Para os discordantes, que são raros a manifestar-se de cara descoberta, entre os quais quem escreve estas linhas, tratou-se apenas e só, para a citada cidadã, de cumprir determinações, não da população, da autarquia, ou da maioria que integra, mas da organização a que pertence, pelo que deverá ser ela, ou essa organização, a custear as ditas despesas.
Quem ainda não esteja convencido do carácter privado da viagem, que naturalmente a cidadã envolvida e as suas amigas e amigos procuram ocultar por razões óbvias, fará o favor de ler com atenção estas ilustrações, copiadas d'O Templário recebido esta manhã:




Pede-se licença para destacar o seguinte: "A ser recebida pela nossa embaixadora da Índia". Embaixadora de Portugal? Da União Europeia? Do Médio Tejo?
Apenas representante da organização WEF, a que pertence a cidadã Filipa Fernandes. Nada de grave portanto. A não ser a eventual confusão com a representação diplomática de Portugal na Índia, actualmente assegurada pelo senhor embaixador João da Câmara, tendo em conta a expressão "recebida pela nossa embaixadora". Nossa, dela. Não dos outros tomarenses, excepto naturalmente os que também integram aquela nova irmandade feminista.
Igualmente esclarecedora sobre o verdadeiro objectivo da viagem é a legenda da segunda foto, publicada pela cidadã no FBook: "Mentora da WEF a receber o tabuleiro". Até agora nunca fora mencionado que a tal WEF, forum mundial de mulheres, também tinha mentoras. Falta agora apurar, mentoras de quê ? Para quê? Para quem?
De acordo com os dicionários, MENTORA, feminino de MENTOR = pessoa experiente que encaminha e aconselha outras; orientadora, guia, conselheira; pessoa que inspira outras, guia espiritual.
"Foi com todo o prazer e orgulho que, em nome de todos os Tomarenses, lhe ofereci [à tal "nossa embaixadora da Índia"] este fantástico Tabuleiro", escreveu a cidadã Filipa Fernandes, conforme reproduzido n'O Templário.
Perante isto, os leitores farão o que entenderem. São cidadãos teoricamente livres. Pela minha parte, ficam aqui  exaradas cinco coisas:

1 - O tabuleiro não é nada fantástico, mas bem real. E custou dinheiro aos contribuintes tomarenses, tal como a viagem e estada da cidadã Filipa Fernandes.
2 - Apesar de ter votado PS nas últimas autárquicas, não me  considero representado pela cidadã Filipa Fernandes, que de resto também não aceitaria representar-me, se fosse o caso. Por conseguinte, o tabuleiro terá sido entregue em nome de ALGUNS tomarenses. Ou de todos os tomarenses, menos um, na pior da hipóteses. Trata-se portanto de um abuso de linguagem. Mais um.
3 - Tanto a maioria como a oposição, (sobretudo a oposição), agirão como lhes aprouver e parecer melhor, em relação às despesas relacionadas com a referida deslocação da cidadã Filipa Fernandes, pagas pela autarquia.
4 - Tomar a dianteira 3 tenciona ir tão longe quanto for possível, até apurar de forma definitiva e sem apelo se cabia mesmo ao Município de Tomar financiar uma deslocação e estada de uma cidadã manifestamente ao serviço de determinada organização internacional privada, de contornos e objectivos mal definidos, mas com "embaixadoras" e "mentoras". 
5 - É melhor estar de sobreaviso, não vá aparecer por aí um dia destes algum "caso Manuela Pinha", com gente a jogar ao mesmo tempo em dois tabuleiros, e recebendo dois ordenados ao fim do mês. Com tanta pinheira que há por aí, apesar dos incêndios, nada mais natural que aparecerem umas pinhas à mão de semear.

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