terça-feira, 10 de outubro de 2017

Objectivos opostos - 1

Quererão os leitores saber para onde fui afinal tentar lavar a alma. Simples: entre outras, fui revisitar sobretudo duas localidades cujas ruas não calcorreava há mais de 30 anos. Refiro-me a Toledo e S. Lourenço do Escorial. Além destas, dado que ia num grupo de 30 e tantos tomarenses, andei também por Torrejón de Ardoz, Madrid, Ávila e Salamanca.
Ciente da minha nova directriz, segundo a qual em Tomar vai tudo bem, no melhor dos mundos possíveis, como diria o Pangloss, do Cândido de Voltaire, e tendo também em conta que vamos no rumo certo, visto que a candidatura com este lema venceu com maioria absoluta, fui observando e anotando que todos os sinais opostos nas localidades visitadas apontam inevitavelmente para objectivos diferentes dos anunciados em Tomar..
Começo por Torrejón de Ardoz, onde era o nosso hotel. Trata-se de uma localidade a cerca de 35 quilómetros de Madrid e a 3 de Alcalá de Henares, com cerca de 130 mil habitantes, dos quais 25 mil são estrangeiros. As duas principais curiosidades são a base militar americana e o Parque Europa.
Não visitámos a base, mas fomos ao dito parque, que é afinal um belo e vasto jardim dotado de muitos equipamentos para crianças. Tem também reproduções à escala de alguns dos mais famosos monumentos europeus:

Porta de Brandenburgo

 Ponte de Londres

 Torre Eiffel - Paris


Naturalmente, um parque assim inclui várias e vastas instalações sanitárias, distribuidores automáticos de bebidas, chocolates, batatas fritas, etc, serviços de informação e amplos espaços para merendar:



A entrada é gratuita e sem limite de tempo. Há apenas uma formalidade: o parque de estacionamento fica a duzentos metros, tem capacidade para mais de 50 autocarros de turismo e cada um paga 15 euros:


Conclusão lógica: Por estas bandas procuram receber bem os visitantes, sobretudo as crianças e adolescentes, mais igualmente os residentes. O parque até  dispõe, por exemplo, de dois recintos para treino de cães. Um para animais grandes, outro para os mais pequenos.
Presumo portanto que os autarcas que administram a zona também devem estar convencidos de que vão no rumo certo. O nosso problema é que eles dispõem dos equipamentos indispensáveis e Tomar não, apesar das magníficas prestações dos sucessivos autarcas nabantinos. De facto, parece-me haver neste caso objectivos opostos. Um fosso entre a conversa e a realidade.
Mas devo estar a ver mal. 

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