segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Festival de estátuas vivas

Já votou ??? 

Mais um sucesso à moda de Tomar

O Festival de estátuas vivas 2017, que terminou ontem, 17 de Setembro, foi mais um sucesso à moda de Tomar. Trouxe muita gente:



De tal forma que o seu supervisor andou a procurar uma maneira de calcular o total de visitantes, segundo soube Tomar a dianteira. Tenha ou não encontrado, um facto é incontroverso: Estamos mais pobres, pois mais este sucesso custou cerca de 75 mil euros aos cofres da autarquia, que não arrecadou qualquer receita. Apesar de Eduardo Mendes, o mentor desta edição, ter avançado a hipótese de cobrar entradas, ideia logo condenada pela senhora presidente. Tal como antes já sucedera com Carlos Carvalheiro, aquando do Festival de teatro. Anabela Freitas lá terá as suas razões. Seria bom que finalmente as apresentasse aos tomarenses. Festa dos Tabuleiros, Festa Templária, Festival de Teatro, Estátuas Vivas, Congresso da Sopa, tudo só despesa, por alma de quem?
Com toda esta afluência e decerto cumprindo ordens, a PSP tomou as suas providências. Trouxe material antigo para exposição e mandou fardar um polícia sinaleiro à moda antiga. Agradou.



Decidiu também desviar o trânsito no sentido norte-sul (excepto autocarros) para a Rua Dr. Sousa e Rua Infantaria 15, (vulgo Rua Direita), para facilitar a travessia dos peões ao fundo da Corredoura, o que deu este lindo resultado:






Os moradores da zona, entre os quais o autor destas linhas, ficaram todos muito contentes. Com destaque para os que tentaram aceder ao ParqT e se depararam com a indicação COMPLETO. Sem ninguém para explicar como proceder quando se circulava no sentido Rua da Costa - Rua Dr. Sousa. Coisas tomarenses...
Outro aspecto a considerar em futuras edições tem a ver (e não "tem a haver", como por aí se ouve, da boca de cabeças de lista), com segurança colectiva. Com a Corredoura de tal forma cheia de gente, que nem se via por onde passar,





caso haja um imprevisto grave, tipo desabamento, indisposição súbita, tremor de terra, explosão, ou incêndio, como em Pedrógão Grande, os veículos de socorro passam como? As pessoas fogem por onde e para onde? Quantas vão ser espezinhadas?
Outro caso a ponderar será naturalmente o comportamento dos artistas, pagos pelo orçamento municipal que, no entender de Tomar a dianteira, não devem "fazer pedincha" durante a sua actuação:


Conforme mostra a imagem, caiu-se numa situação caricata. A Câmara paga e não cobra entradas. Inversamente, os artistas recebem da Câmara e ainda por cima tentam cravar os espectadores. Recebem duas vezes. Está mal! Não é digno! Lembra aqueles funcionários bem pagos pelos cofres públicos,  que apesar disso vão tentando sacar algum por baixo da mesa. A tal corrupção. Não é de todo o caso de Tomar, bem entendido. Tudo gente séria.

Uma nota final, tendo em vista futuras edições deste e de outros eventos. A Mata nacional dos sete montes é um recinto público murado e sem trânsito. Tem espaço abundante, tanto ao sol como à sombra. Fica no centro histórico, próximo do estacionamento da Várzea grande, dos autocarros, do caminho de ferro. Dispõe das melhores e mais modernas instalações sanitárias da cidade. Que até têm recepção e tudo. 
Porque raio insiste a autarquia em utilizar a Corredoura e o Mouchão, o que implica atravessar a estrada nacional 113, junto ao Nabão? Para tentar enganar as pessoas, mostrando que veio muita gente e levando-as assim a pensar que a Câmara tem algo a ver com o incremento do turismo?
Estes turistas que vieram às estátuas vivas, por exemplo, são dos tais que incomodam muito, sujam bastante, mas gastam pouco ou nada. Entre outros motivos porque a programação foi infelizmente mal calculada. Considere-se só a de ontem, domingo, para não alongar. Houve estátuas vivas entre as 17 e as 19 horas. Seguiu-se o concurso até às 20 horas. Ou seja, quem veio de fora, e foram muitos, que os parques estavam todos à cunha, chegou cá já almoçado e jantou  no caminho de regresso, evitando enchentes.
Assim não vamos lá! Quanto mais sucessos destes conseguimos, menos somos e mais pobres ficamos!

ADENDA

Finalmente uma ornamentação muito tomarense na Corredoura. Presa  por arames, como a economia local.

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