sexta-feira, 28 de julho de 2017

Luís Boavida forçado a renunciar para prosseguir tratamento

 Tempos difíceis para o PSD nabantino

Soube-o ontem pela manhã. Luís Boavida ia anunciar a sua renúncia à candidatura, devido a tratamentos oncológicos que terá de efectuar. À cautela, tendo em conta alguns antecedentes, preferi manter o silêncio, até que fosse o agora ex-candidato a pronunciar-se. Aconteceu já depois das 18H30, conforme relata Tomar na rede, melhor do que eu o faria.
Resta-me portanto desejar, com sinceridade e bem do fundo do coração, um rápido e completo restabelecimento ao meu prezado conterrâneo Luís Boavida, que doravante deixará de estar no  radar de Tomar a dianteira 3, uma vez que já não é candidato.

Começa agora um período bem difícil para o PSD nabantino. Por dois motivos principais. Primeiro, porque o tempo é curto para acertar táctica e estratégia, arranjar conteúdo e alterar o que não estava bem. Passar de uma candidatura de ressentimento para uma campanha de projecto. Segundo, porque o novo cabeça de lista -seja ele quem for- muito dificilmente conseguirá livrar-se do estigma de candidato de substituição. De segunda escolha, por conseguinte. Circunstância que os adversários não deixarão de aproveitar durante a campanha.
Falaram-me da muito provável hipótese José Delgado, que classificaram como uma candidatura demasiado delgada. Sem espessura política. O contrário do que o PSD necessita para ganhar. Um candidato com arcaboiço político e económico. Um programa denso. Ouvi, registei e calei. Não conheço José Delgado o suficiente para poder emitir opinião fundamentada.
Quer-me parecer, a mim que vejo as coisas de cima e de fora, pois não sou militante, nem filiado, nem simpatizante do PSD, que há uma escolha, e uma só, que se impõe à vista desarmada. António Lourenço dos Santos, o anterior proto-candidato vencido, já tem um mote bem achado (Todos por Tomar), o esboço de um programa e bastantes apoios de peso, fora do partido. Resta saber como vão reagir os seus adversários no interior do laranjal nabantino, e se aceitará ser a tal segunda escolha, uma posição usualmente ingrata. Como quase sempre na política, julgo que tudo dependerá de quem o abordar e da forma como o convidar. 
Oxalá resulte, porquanto vamos ter em Tomar nas próximas autárquicas, pela primeira vez desde 2001 (PSD 15.163 votos - 5 eleitos, PS 5.441 - 2 vereadores, CDU 1.158), um duelo mano a mano, dado que os Independentes por Tomar já foram. Convirá por isso que ambas as candidaturas, PS e PSD, tenham um peso humano comparável, uma densidade política semelhante e programas aliciantes, de forma a que a cidade e o concelho saiam a ganhar com o despique, qualquer que venha a ser o vencedor.

1 comentário:

  1. Sem duvida o laranjal Relvas está mesmo num bêco sem saída, basta vêr o que aconteceu em Santarém, lá teve que ir o Passos pôr água na fervura, agora em Tomar resta o Tenrinho, porque disseram-me que o Delgado não podia avançar, porque têm muitos telhados de vidro. Quem se está a rir é o meu amigo Toino Paposseco.

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