sexta-feira, 7 de julho de 2017

A directora do Convento de Cristo e a verdade inconveniente

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Aquando da recente celeuma provocada pelo programa Sexta às nove, da RTP, sobre estragos causados pela rodagem de um filme e outras anomalias no Convento de Cristo, a directora do monumento, Andreia Galvão, respondeu de forma algo ameaçadora:
Acontece que, dizendo tais coisas, a senhora directora não podia ignorar que estava a trucidar a verdade. Com efeito, o Convento "se encontra íntegro"? Era bom era! Infelizmente tal não é o caso. Nem quanto à conservação do património, nem no que concerne a outras formas de integridade, sobre as quais se fica por aqui, dado não ser possível provar nada em tribunal. Todos precisam de dinheiro para governar a vida e ninguém quer perder o seu ganha-pão. Por isso nunca há testemunhas para certos delitos. E a senhora directora, como todos nós, sabe isso muito bem.
Indo porém à área de conservação e restauro do monumento, é lamentável que a senhora tenha dito semelhante coisa, porquanto deve conhecer bem a situação do monumento no seu todo. Assim, a sua atitude, tal como a dos seus antecessores, em relação ao Aqueduto dos Pegões, que é parte integrante do Convento de Cristo, é vergonhosa. Parte importante da referida obra de arte ainda não desapareceu sob a vegetação espontânea apenas e só graças aos sucessivos esforços de grupos de voluntários, quando tal tarefa incumbe ao IGESPAR, na qualidade de entidade gestora do conjunto do edificado. Da mesma forma, alguns arcos em avançado estado de degradação, só não vão ruir porque a Câmara de Tomar resolveu mandar restaurá-los em parte.
Temos assim uma situação insólita: o IGESPAR arrecada as receitas de bilheteira do Convento, mas é a Câmara de Tomar que tem de custear importantes obras de restauro nos Pegões.
Caso único de desmazelo? Que não, que não. No Convento propriamente dito, na sua parte mais nobre -o Coro Alto Manuelino- antes do tornado de 2010 o aspecto geral era este, (Foto 1) e em detalhe, era o seguinte:(Foto 2)

Foto 1
Foto 2
Depois do tornado, passou a ser este:

 

Já lá vão sete anos e duas directoras do Convento. Ainda ninguém deu por nada? Não há dinheiro? Não tem importância? A única missão do IGESPAR é mandar limpar o monumento, arrecadar o produto das entradas, ou da rodagem de filmes, e pagar aos funcionários?
Tomar na rede noticia que está aberto concurso para substituir a actual directora, que chega ao fim do seu mandato e não parece deixar grandes saudades. Oxalá a seguir venha quem finalmente entenda alguma coisa de turismo operacional, pois é disso que o monumento e a cidade precisam. Para o restauro e manutenção, qualquer arquitecto minimamente especializado serve. E mesmo assim...
Será desta?

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