sexta-feira, 14 de abril de 2017

Que pena...

FOTO GREGÓRIO CUNHA
Foto Gregório Cunha - Expresso

Nunca fui grande admirador de Alberto João Jardim, enquanto rei e senhor da Madeira. Reconheço no entanto que temos vários traços em comum: a truculência, a frontalidade, a sinceridade, a preferência pelo prático em detrimento do teórico, a facilidade de raciocínio, de palavra e de escrita ...e a idade. No resto divergimos. Ele era mais estilo direita trauliteira autoritária, eu mais esquerda civilizada e plural.Tudo isto para salientar um excerto da recente entrevista do ex-presidente do governo regional da Madeira a Reinaldo Serrão, do Expresso, a propósito do lançamento do seu livro Relatório de Combate.
Após referir que o seu estilo directo e o título da obra resultam do facto de ter sido jornalista durante quatro anos, antes de enveredar pela política, Jardim acrescenta: "...fui chamado aos 31 anos a dirigir um dos dois diários locais [da Madeira], que era pertença da diocese. D. Francisco Santana {Bispo do Funchal] disse-me: "Não quero beatices no jornal. Só quero política e doutrinação política, que é o que falta."(A. J. Jardim, entrevistado por Reinaldo Serrano, Expresso, 14/04/2017)
Que pena o senhor Bispo de Santarém, ou mesmo o senhor Vigário de Tomar, não terem dito ainda algo parecido aos órgãos de informação tomarenses, sobretudo aos mais antigos e mais próximos da igreja católica. Não cito cabeçalhos para não ofender ninguém.

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