quarta-feira, 26 de abril de 2017

A Argélia é já ali em baixo...



Les autorités semblent avoir compris l’ampleur du désintérêt pour la campagne. Le 28 mars, le ministre de la communication, Hamid Grine, a adressé une circulaire aux médias, leur interdisant de donner la parole à ceux qui prônent le boycottage de l’élection. Le ministre de l’intérieur a également annoncé cette semaine qu’un homme avait été présenté à la justice pour « atteinte à l’image des élections législatives ».

Caso não consiga ler a notícia na versão integral em francês, da autoria de Zahara Chenaoui, correspondente do Le Monde em Argel, aqui vai a tradução do excerto supra:
"As autoridades parece terem-se apercebido da amplitude do desinteresse pela campanha eleitoral. Em 28 de Março, o ministro da comunicação, Hamid Grine, enviou uma circular aos meios de comunicação, proibindo-os de dar a palavra aos que defendem a abstenção nas eleições [que são a 4 de Maio]. O ministro do interior também anunciou esta semana que um homem foi entregue ao poder judicial, acusado de "atentado contra a imagem das eleições legislativas."
Em Tomar, 43 anos passados sobre o 25 de Abril, basta ir lendo o que se publica para entender o óbvio. Não é necessário qualquer aviso do governo ou da câmara, (que de resto seriam ilegais, porque inconstitucionais) visando limitar a actividade informativa, pois os respectivos órgãos já estão devidamente formatados. Salvo raríssimas excepções, só publicam o que convém aos poderes instalados. Nada que possa provocar sobressaltos. Os eleitores que vão continuando a pagar e aguardem melhores dias..
Crónicas? Análises? Reportagens? Comentários identificados? Opiniões com autor conhecido? Notícias detalhadas, que respondam às interrogações clássicas quem? o quê? quando? onde? como? porquê? Nem pensar, para evitar represálias e outras chatices.
Conquanto a situação ainda esteja longe de ser como na Argélia, há disponibilidade evidente para algo semelhante.Todos temos uma costela árabe, embora uns mais do que outros. E o problema agrava-se quando se detém algum poder. Duvida? Então leia este oportuno editorial, subscrito por um jovem a quem auguro um brilhante futuro.

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