terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Afinal quem se mete com o PS, queima-se!

"Quem se mete com o PS leva!", sentenciou há uns anos atrás o então poderoso ministro e senhor do aparelho socialista Jorge Coelho. Que algum tempo depois se demitiu, na sequência da tragédia da ponte de Entre os rios, vindo mais tarde a enveredar pela carreira de alto dirigente empresarial, numa conhecida construtora. Os tempos mudaram. Os socialistas são agora outra vez governo, mas no quadro de uma geringonça, e toda a oposição se mete com o PS. Todavia, contrariando Jorge Coelho, por enquanto a oposição liderada pelo PSD não leva, nem leva nada. Mas vai dando! E já conseguiu levar Centeno a colocar o seu cargo à disposição. Maneira subtil de dizer que quem se mete com o PS, não leva; queima-se. Isto porque o senhor primeiro ministro parece um especialista em verdades alternativas, mesclado com um daqueles antigos vendedores de banha da cobra. Que inclusivé conseguiu convencer o eleitorado de que a redução do horário de trabalho na função pública, das 40 para as 35 horas semanais, não implica aumento da despesa. Pois...
E que, agravando ainda mais a já delicada situação, resolveu ir visitar tropas portuguesas em campanha africana ao serviço da ONU, trajando alvo casaco de linho. Ninguém lhe terá dito antes que, neste tipo de visitas, até o presidente americano aparece sempre com o casaco camuflado do exército, um blusão ou um "macaco" de piloto de caça. É o mínimo, em termos de solidariedade, para dar à visita alguma autenticidade. Esta argolada protocolar do primeiro-ministro e do seu ministro da defesa, mostra bem como já vai longe a "guerra no ultramar". E quem nunca foi militar em campanha...
O presidente da Assembleia Municipal com os briosos forcados amadores de Tomar, a cuja associação também preside. Touradas em perspectiva no parlamento municipal? (Foto O Mirante)

Enquanto isto, nas margens do Nabão, a CDU liderou mais uma tertúlia política,  pouco concorrida. Foi pena, porque Bruno Graça disparou certeiro contra a gestão socialista. Esclarecendo que não há coligação porque as opções políticas são diferentes, mostrou  que afinal, contrariando o dito de Jorge Coelho, quem se mete com o PS, não leva; queima-se. Por isso, o vereador CDU começa a cheirar a chamusco, sentindo a necessidade de se demarcar.
Falando das principais discordâncias com Anabela Freitas, abordou duas questões centrais: o turismo e o desenvolvimento local. Sobre aquele, avançou o que já aqui foi escrito e documentado há tempos. O turismo tem aumentado em Tomar, mas isso ocorreu em todo o país, devido  a factores favoráveis externos, não tendo a autarquia nada a ver com esse incremento quantitativo.
Na mesma linha, segundo o vereador da CDU, o desenvolvimento local consegue-se atraindo população, principalmente jovens, mediante a criação prévia de emprego. O que só se alcança com investimento. Público, na óptica do PCP, privado segundo outras formações políticas. Em todo o caso, disse Bruno Graça, priorizando a dinamização económica do concelho e não a habitação social. Maneira hábil de dar a entender que é um grave erro político facultar habitação subsidiada a cidadãos que quase ninguém quer ter como vizinhos. Embora os tomarenses não sejam racistas, conforme todos juram. Perante Deus, se necessário. Mas na prática é o que se vê.
Neste contexto, ainda encrencada com o problema do estacionamento citadino, a presidente Anabela Freitas acabou por criticar o funcionamento da Assembleia Municipal, apesar de presidida pelo seu amigo e camarada político José Fortunado Pereira (ver foto). É verdade e pode ser lido aqui. A demonstrar, também neste caso, que quem se mete com o PS, queima-se!
Ó tempo! Ó costumes!

1 comentário:

  1. A data e a hora da tertúlia da CDU foi inapropriada, porque coincidia com um jogo importante do Benfica a contar para a Liga e, claro, a rapaziada preferiu ver o jogo do que participar na tertúlia. Mas ficaram os recados da CDU!!!!!

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