sábado, 12 de novembro de 2016

Pai querido/Pai cadáver

A triste, lamentável e patusca novela politico-sentimental nabantina continua. Com os inerentes e inevitáveis prejuízos para todos. Incluindo eu, que não pago impostos para aturar bizarrias destas, mas que remédio! -É comer à força e criticar sem receio. Procurando desanuviar.
Na sua página no facebook, o deputado municipal Luís Ferreira resolveu prevenir nominalmente a ex-companheira e o vice Hugo Cristóvão. É tempo perdido tentarem calá-lo e tenham muito cuidado com o deslumbramento do poder, escreveu em substância. Confirma assim indirectamente a existência dos dois grupos socialistas adversos. O dos "Volta pai, que estás perdoado" e precisamos muito de ti; e o dos "Não ao regresso do pai-cadáver", porque basta! Estamos fartos.
Julgo ser oportuno recordar que, em tempo oportuno, aquando da sua expulsão de facto das lides partidárias do PS local, Ferreira preveniu por escrito, -Lamento, mas na actual situação não poderei participar na próxima campanha eleitoral. Político muito hábil e muito experiente, o ex-companheiro de Anabela Freitas raramente escreve coisas em vão...
Enquanto isto, com cada vez menos margem de manobra, tantos são os erros entretanto cometidos, Anabela Freitas, cuja queixa contra Ferreira foi arquivada por evidente falta de substância, tal como sucedeu com a dele, disse ao Mirante que provavelmente não vai solicitar a respectiva abertura da instrução, nem encara apresentar novas queixas, caso a deixem trabalhar em paz, pois foi para isso que a elegeram.
Lateralmente, como se não fosse nada com ele, o vice Hugo Cristóvão, com quem nunca consegui falar pausadamente, apesar de várias tentativas, lá vai fazendo o seu caminho. É jovem, tem mundo, sabe o que quer, mas está agora, na óptica ferreirista, no grupo errado. Logo veremos no que tudo isto vai dar.
Entretanto, se calhar sob influência do antes citado deslumbramento, Cristóvão escreveu no facebook contra as ideias feitas, avançando que a noite tomarense e o turismo vão cada vez melhor e recomendam-se. Os termos exactos não foram estes, mas no meu entendimento a ideia era essa.
Abstenho-me de escrever sobre a noite tomarense, coisa que nem sei bem o que é, nem onde acontece. São aqueles magotes na Praça, uns sentados outros em pé?


Já sobre o turismo tenho alguma dificuldade em não falar. Parafraseando o actual treinador leonino, foram muitos anos a virar frangos... na grelha, e algumas frangas noutros sítios, acrescento eu. De forma que, senhor vice-presidente algo escorregadio, ao escrever sucintamente sobre matéria tão complexa, o senhor colocou-se numa situação extremamente delicada -mentiu a falar verdade.
Trocando por miúdos. Na sua opinião, nunca houve tantos turistas a visitar Tomar. O que é verdade e toda a gente interessada teve a ocasião de constatar. Infelizmente, a verdade termina aí, começando a mentira quando inevitavelmente se deduz, como era sua intenção, que a autarquia teve alguma coisa a ver com o assunto. Não teve. Apesar de várias tentativas falhadas nesse sentido. Excluindo a Festa Grande, que não é agora para aqui chamada, tem havido realmente aumento de visitantes em turismo, mas isso acontece em praticamente todas as localidades do país. Fruto do medo de novos atentados em Paris, Bruxelas ou alhures (o total de pernoitas em Paris diminuiu 8% desde Janeiro) e da manifesta insegurança nos países árabes, os portugueses ficam-se por cá e os estrangeiros afluem em maior quantidade. Por conseguinte, nada de falsas conclusões. Aumento de turistas? Sim. Graças à acção da autarquia? Não.
Relembrando teimosos pecados tomarenses, continuamos sem um plano local de turismo, não temos sinalização eficaz, nem parques de estacionamento suficientes, nem acesso adequado ao Convento, nem sanitários em número e qualidade aceitáveis. Quem tenha dúvidas faça favor de ir ver os sanitários do Santuário de Fátima, por exemplo. Ou os do parque de estacionamento anexo ao Mosteiro da Batalha. Ou os situados em Frente ao Mosteiro de Alcobaça. Ou os subterrâneos, no Sítio da Nazaré. 
Mas também é verdade que lá têm-nos no Sítio. E fazem muita falta!

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