domingo, 2 de outubro de 2016

Uma coisa explica a outra

anfrarebelo@gmail.com

Isto anda tudo ligado, como bem se dizia aqui há uns anos. No tempo das vacas gordas. Agora, num contexto em que é cada vez mais evidente a crispação política a nível local, com o PS a esfrangalhar---se na pior altura, o PSD com evidentes dificuldades para escolher o cabeça de lista e os IpT outra vez sem definição clara e atempada dos seus objectivos, a cidade esvai-se e a população vai-se. Vai saindo pouco a pouco. Em busca de melhores horizontes. Não tem outra hipótese, perante a manifesta incapacidade dos manhosos políticos locais, incapazes de levar a cidade e o concelho a mudar de rumo
As fotos seguintes mostram uma nova faceta tomarense -os cenários da tragicomédia nabantina. Edifícios que já foram habitados ou usados para outras coisas, são agora apenas fachadas. Bem pintadas, mas apenas cenários para enganar incautos. Por trás daquilo não há vida, não há nada. Não vive ninguém. Não funcionam. Nem há condições para tanto. E o mal vai alastrando.
Enquanto isso, ali nos Paços do Concelho tem lugar a quotidiana tragicomédia nabantina. No último andar, é a comédia permanente. Uns fingem que governam, enquanto outros fazem de conta que se opõem. Nos outros andares é a tragédia. Muitos já perceberam que as coisas não vão bem, nem para lá caminham. Por isso desesperam, ao constatar que nada podem fazer. Pela positiva, que pela negativa já fizeram bem mais do que a conta. Alguns, bem conhecidos. Não todos.
Quanto aos eleitores em geral , para eles está tudo bem, no melhor dos mundos possíveis. Enquanto os vencimentos, as diversas rendas, as pensões e as aposentadorias continuarem a cair nas contas pontualmente, não contem com eles para mudanças, que atrás de ruim quase nunca vem melhor. Já Voltaire constatou exactamente a mesma situação em Lisboa, nos idos do século XVIII, no seu célebre Candide ou l'optimisme. (Na tradução portuguesa existente, apenas "Cândido"). Os tempos vão mudando, mas os hábitos  da malta nem por isso.
Pobre terra! Pobre gente!







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