segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Estamos na mesma como a lesma



Estas fotos foram tiradas ontem. Não são as de 2013. O leitor fará o favor de procurar as diferenças.

Queixam-se os numerosos visitantes e com razão. É lastimável o estado em que se encontram as paredes da Sinagoga de Tomar. Leprosas, cheias de salitre, a pedir reparação urgente. Que afinal até nem é nada de muito complicado. Em 2 dias um pedreiro e um servente resolvem aquilo. Desde que não sejam funcionários públicos. Se forem, a coisa levará mais tempo. Bizarrias, diria um alentejano.
Conheço há anos os actuais eleitos do executivo tomarense. O suficiente para assegurar que não são anti-semitas. Mas parecem, tal é a falta de empenhamento que demonstram nas obras de manutenção da sinagoga, que até são de pouca monta. Picar, rebocar e pintar.
O problema arrasta-se há anos. Já em Julho de 2013, antes portanto da campanha eleitoral desse ano, aqui se abordava o assunto. Faça o favor de procurar aqui o texto Promessas..., de 02 de Julho de 2013. Aí, se gostar pouco de ler, o que acontece a muito boa gente, pode ir directamente para o último parágrafo. (Peço desculpa mas não consegui linkar directamente o texto. Sou um aselha em informática, que nunca ninguém me ensinou, porque jamais frequentei qualquer curso dessa área.)
Por essa altura, os senhores autarcas terão alegado, se calhar, que não havia dinheiro para as obras, mentido descaradamente porque aquilo é uma insignificância nos proventos camarários. Veio a seguir, nas eleições de Outubro, a relativa maioria socialista. Forçada a aliar-se à CDU. Mas tudo continuou como dantes, até com o ex-vice-presidente de Abrantes na área das obras e afins.
Entretanto passaram milhares de turistas, que viram o estado miserável do templo judaico. Os portugueses nada disseram ou fizeram, porque já estão habituados. Sabem muito bem o que a casa gasta. Com os estrangeiros porém, as coisas são diferentes. Têm outro olhar e outra atitude. Ficam envergonhados ao constatar que, num país da UE, ainda há chagas assim. E agem em consequência.
Ao que nos foi dito, noruegueses entregaram um elevado donativo, destinado a custear as obras. Uns falam em 40 mil euros, outros em 100 mil euros. A ser verdade, onde está esse dinheiro? A autarquia nada tem a dizer? A oposição não tem nada a perguntar a esse respeito?
De estudo em projecto, de projecto em parecer, de parecer em despacho, de despacho em visto, de visto em cabimentação, a câmara lá vai protelando as ditas e insignificantes obras de simples manutenção. Agora juram que é para Janeiro. É claro que já ninguém acredita. E têm boas razões para tanto. A julgar pelas obras, a actual gerência camarária apenas vai estando. Em todo o caso,  cá por mim concordo com o S. Tomé: Ver para crer.

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