segunda-feira, 11 de abril de 2016

Andar à deriva dá nisto

Enquanto António Lourenço dos Santos ataca de forma acutilante a actual gestão autárquica, a informação local noticia que os SMAS registaram no ano passado um saldo positivo ligeiramente superior a meio milhão de euros. No seu blogue Tomar opinião, o evidente candidato a candidato PSD Lourenço dos Santos mostra que decidiu usar também e finalmente o meu estilo agreste, que tem criticado. Decerto por ter concluído, tal como eu, que com paninhos quentes nos vamos enterrando pouco a pouco. E vá de denunciar com acutilância a falta de limpeza, a falta de qualidade nos espaços verdes, a falta de planos e a falta de rumo. Tudo evidências chocantes, perante as quais os tomarenses continuam impávidos e serenos, à espera de milagres. Parafraseando Lopes Graça -Acordai gentes!
Pela mesma ocasião, os SMAS noticiaram ufanos que conseguiram em 2015 um lucro ligeiramente superior a meio milhão de euros. O que corresponde grosso modo a 14 euros por eleitor concelhio. Um vergonha. Porque é a prova evidente de que andamos a ser escandalosamente roubados, pagando tarifas desadequadas, só possíveis porque a autarquia abusa da sua situação de monopólio e da passividade doentia dos tomarenses. Já se sabia, uma vez que bebemos a mesma água dos lisboetas mas pagamo-la bastante mais cara. Esta é apenas mais uma confirmação.
Além de nos esbulharem sem necessidade real, os senhores autarcas que temos mostram também a sua óbvia inépcia em matéria de gestão, ao manifestarem alegria perante o referido lucro dos SMAS. Deviam era ter vergonha. Em pleno centro urbano, a 50 metros dos Paços do Concelho, há ruas ainda sem separação de emissários, sem sarjetas eficazes, sem rede de gaz e com distribuição de água através de condutas com mais de 50 anos e em amianto, matéria há muito proibida na UE. Se até conseguem um lucro confortável ao fim do ano, porque raio ainda não fizeram as obras indispensáveis? Porque os consumidores se vão calando, e quem cala consente, não é? Mas olhem que por vezes os vulcões adormecidos...
Lá estou eu também à espera de um milagre! Vê-se bem que sou tomarense.

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