quarta-feira, 24 de abril de 2024




Repovoamento urbano e limpeza de terrenos

AVENIDA DO CANAVIAL ?

TOMAR – Não se esqueça: tem até 30 de Abril para limpar os seus terrenos | Rádio Hertz (radiohertz.pt)

Leu-se um dia destes, ainda no hemisfério sul, que para resolver a crise na Avenida Nuno Álvares, a principal entrada na cidade, onde há cada vez mais alojamentos e estabelecimentos devolutos, basta instalar duas ou três empresas-âncora. Daquelas que atraem muita clientela só com a própria marca.
Quem assim opinou foi o presidente Cristóvão, que certamente estará convencido daquilo que disse. Não o desmentirei pelo simples prazer da contradição, até porque há naquilo que disse uma parte de verdade: as empresas mais conhecidas atraem sempre uma uma vasta clientela, assim contribuindo para a recuperação comercial e o repovoamento de ruas e bairros afectados pela crise, neste caso pelo acampamento calé que entretanto foi desmantelado. Donde a designação de empresas-âncora.
No caso da Avenida Nuno Álvares, são porém evidentes dois obstáculos que tornam muito difícil a ansiada recuperação. Por um lado, uma infeliz requalificação fez de uma larga avenida um simples arruamento urbano, para instalar duas ciclovias, numa terra onde são bem poucos os ciclistas, assim impossibilitando o estacionamento "em espinha", numa zona afastada do centro e sem parques de estacionamento próximos. Há aquele ao lado da estação de caminho de ferro, é certo, mas já não chega para as encomendas.
Por outro lado, que empresa de prestígio aceitará vir instalar-se numa via urbana com um canavial e fartura de vegetação espontânea? (ver imagem) Dirão os defensores do "rumo certo" que a Câmara não tem nada a ver com o assunto, porque é um terreno privado. Estão equivocados, como é costume. O terreno é realmente privado, mas a autarquia tem tudo a ver com a insólita situação, uma vez que passam uma parte do ano a avisar os agricultores e proprietários rurais que têm de limpar ou mandar limpar os seus terrenos, para reduzir o risco de incêndio, mas entretanto nada fazem em relação a um pequeno bosque com canavial na principal entrada da cidade.
A eventual desculpa de que nunca se deram conta será descabida, porquanto a altura das canas mostra que a situação existe há anos, sem que alguma vez os eleitos se tenham incomodado com o risco de incêndio, ou com a proliferação de ratos, cobras e outra bicharada. Façam o favor de continuar a comentar que "lá está o gajo na má-língua do costume", mas acabem com o escândalo, porra! Se o dono do terreno não faz nem manda fazer, avancem vocês e obriguem-no depois a pagar pelos meios legais ao vosso dispor. Foi também para isso que vos elegeram, e não só para as festarolas e obras de duvidosa utilidade para a comunidade em geral.

terça-feira, 23 de abril de 2024








Excursionismo e turismo

Viajar para continuar 

a entender a época e o povo

Apenas regressado, fui numa excursão de turismo popular até Oleiros, com paragem em Vila de Rei para o pequeno almoço. Coisa sem pretensões nem novo-riquismos. Apenas almoçar um cabritinho estonado com arroz de miúdos e depois visitar um novo miradouro, da autoria de Siza Vieira. Correu tudo às mil maravilhas, que o pessoal já se conhecia de andanças anteriores, e nestas coisas o amigo Freitas é um verdadeiro artista. Sobretudo quando reconta aquela anedota do gato e da água quente, para aquecer os pés em determinada pensão. Hábitos antigos.
Apesar de ser um pequeno concelho de cinco mil almas, perdido algures no interior do país, Oleiros sabe receber e preparar-se para acolher com dignidade todos os visitantes, e não só os de turismo de nível, como se apregoou em tempos e em vão aqui por Tomar. Houve visita guiada gratuita, proporcionada pela Câmara local, notou-se limpeza nas ruas e esmero por todo o lado, e havia estacionamento com fartura, mesmo para autocarros, bem como instalações sanitárias abertas, limpas, com papel higiénico e limpa-mãos, apesar de não haver nenhum monumento património da humanidade, nem rio, nem Tabuleiros, nem a mania de cumprir a tradição.
Os quarenta e tantos visitantes corresponderam à evidente simpatia local e à arte de saber receber. Compraram queijos, bolos, enchidos, presuntos, mel, e por aí adiante. Muito mais rentáveis para o comércio local do que os milhares de visitantes do Convento de Cristo, que logo a seguir se põem a andar sem sequer visitarem a cidade, porque não têm onde estacionar.
O cabritinho estava uma delícia, houve repetições e quem escreve estas linhas fez um esforço considerável para resistir à aguardente de medronho, oferta da casa, tal como o aperitivo com vinho da região. Quem sabe sabe, e os oleirenses mostraram na prática que bem merecem umas visitas gastronómicas.
A fechar, a visita ao novo miradouro do Zebro, nos arredores e ainda por inaugurar,  desiludiu um bocadinho. A vista é soberba, mas o acesso pedonal terá de ser melhorado e o espaço para estacionamento alargado. A estrutura em betão, com o traço de Siza Vieira, parece que custou meio milhão de euros, mas não se nota muito. (ver imagem). A União Europeia paga tudo, desde que se tenha capacidade e o mamar doce.


segunda-feira, 22 de abril de 2024

Imagem copiada da Rádio Hertz, com a devida vénia e os nossos agradecimentos.

Autárquicas 2025

Excelente entrevista do líder local do CHEGA
com duas lacunas graves


Ensinou-me a experiência que convém ouvir atentamente os oráculos. Foi o que fiz ontem. Segui com atenção a entrevista do líder concelhio do CHEGA! na Rádio Hertz. Nuno Basílio Ferreira esteve bem. Passou a ideia de pessoa ponderada e humilde, designadamente quando referiu que por enquanto ainda não é cabeça de lista designado. Candidatou-se à concelhia para isso mesmo, mas há ainda outras hipóteses. Na devida altura se verá. Nada de arrogância portanto, o que vem sendo cada vez mais raro por estas paragens.
A sua enumeração serena dos problemas citadinos e concelhios mostrou alguém interessado e conhecedor, ficando a ideia de estar mais motivado para recuperar Tomar do que para uma carreira política, ao contrário do que acontece com os outros dois putativos candidatos com hipóteses de vencer.
Faltando apurar se intencionalmente ou por lapso, Basílio Ferreira nunca mencionou na sua nutrida série de problemas concelhios as carências na área da hospitalidade turística, nem a causa principal de algumas das maleitas que anunciou. Colocou-se assim na desconfortável posição daqueles oncologistas que graças às TAC conseguem identificar e localizar as várias metástases, mas não o tumor inicial que lhes deu origem.
No caso, o futuro candidato referiu problemas graves com o PDM, falta de parques industriais à altura, carências habitacionais, défice grave de estacionamento na Várzea grande, onde teria ficado bem um parque subterrâneo, incidentes vários com os ciganos, dificuldades na área da saúde, ausência de ensino profissional eficaz, e assim sucessivamente, sem contudo identificar a causa principal de todas estas maleitas. Situação problemática, uma vez que, caso vença as autárquicas de 2025, não conseguirá solucionar o que está mal, por não saber como nem onde agir para suprimir a causa principal. Ou sabe, mas preferiu  calar, por não ser politicamente oportuno?
Seja-me permitida uma outra comparação alegórica, para melhor entendimento. Fiquei com a ideia de que o candidato identificou com clareza vários ramos da mesma árvore, mas descurou a pernada principal, tendo também omitido falar do tronco e da raíz. Deliberadamente? Inadvertidamente? Só ele poderá esclarecer, sendo certo que ignorando as causas não é possível acabar eficazmente com as consequências.
Em conclusão, um excelente defensor do concelho que não é funcionário público, ponderado e atento, porém sem mundo nem arcaboiço político suficiente para a tarefa a que se propõe, até prova em contrário. Falta apurar ainda se sabe ouvir e rodear-se de gente capaz, o que em Tomar não é fácil, porque os melhores ou já emigraram ou estão sem paciência nenhuma para aturar os tomarenses e as suas bizarrias.
Tomar a dianteira 3 deseja-lhe boa sorte, tal como a todos os outros que estejam na política para servir e não para se servir, continuando atento ao que daí virá.


domingo, 21 de abril de 2024

Turismo e paisagens

Tomar cidade jardim
Não há no país outra assim

Por causa do desastre ambiental da Mata dos sete montes, cuja responsabilidade principal não é da Câmara, vai por aí um certo desânimo. Alguns cidadãos desencantados referem que antigamente Tomar era uma cidade jardim, mas que depois, infelizmente, se viraram os senhores da autarquia para "Tomar cidade templária".
Cumpre esclarecer que nem o expressão original era essa, nem a situação é a descrita. A frase original era "Tomar terra templária", que não colidia com "Tomar cidade jardim". Agora já está, já está, e para pior já basta assim. Mas continuamos numa cidade jardim. Não só os jardins estão como estão, como até as ruas e algumas paredes são autênticos minijardins, como mostram as imagens infra:

Aspecto da Rua do Pé da Costa de Baixo, ao cimo da Rua Aurora Macedo, onde mora o escriba, em imagem colhida ontem, 20 de Abril de 2024. Digam lá se não está uma maravilha de asseio, de reboco e de verdura, a dois paços da Câmara. O muro da esquerda é uma verdadeira originalidade, a lembrar os famosos jardins suspensos da Babilónia de outrora. Mas a calçada também não está nada mal nas bermas.

Cinquenta metros ao lado as típicas Escadinhas do Alto da Piçarra, que ligam a Rua do pé da costa de baixo à sua irmã do pé da costa de cima. Não sabe qual é? Quando sai com o seu carrinho do Parque T1, vai por que rua?
Quanto à designação oficial "Alto da piçarra", significa em cima de uma rocha sedimentar. Mas "piçarra" pode ser também um nome próprio, e até um nome comum, para designar uma piça das grandes. O que significa neste caso, que as escadinhas têm uma cobertura de erva do ca..... Alguém se incomoda, entre os eleitos? Que ideia! Devem pensar que os turistas gostam assim. E realmente, esta manhã estava uma jovem chinesa a fotografar o muro, e não terá fotografado as escadinhas porque não se vêem da Rua do pé da costa de baixo. Por gostar? Ou para documentar a decadência de algumas pequenas cidades ocidentais?




sábado, 20 de abril de 2024


Continuidade

Vai tudo como de costume

Pois é. Leitora ou leitor fiel (muito obrigado!), viu que não havia nada de novo e ficou preocupada ou preocupado. Peço desculpa aos amigos, e os outros que tenham paciência. 7 horas de avião e o resto que acompanha sempre, começa a ser demasiado para as minhas oito décadas bem vividas. Cheguei cansado e resolvi parar um bocadinho para pensar melhor o que fazer doravante.
É que além do cansaço, há um início de depressão, uma angústia difusa, que são inerentes e habituais. Vir de uma terra de largos horizontes e 2,5 milhões de habitantes em 298 anos de existência, para outra sem horizontes por estar numa cova, e com menos de 50 mil habitantes em 864 anos de vida, dá forçosamente que pensar, sendo deprimente para alguns, entre os quais infelizmente me incluo.
Melhores dias hão-de vir, penso eu, e quando tal acontecer, voltarei à escrita com o mesmo entusiasmo, uma vez que não ambiciono lugares, nem desejo homenagens, nem luto por vantagens pessoais. Entretanto desejo a todos um dia a dia o melhor possível, tendo em conta o triste contexto.

quinta-feira, 18 de abril de 2024



António Pina
diz:

O Politécnico está encalhado tal como a cidade e a. câmara municipal. A da Anabela, do Hugo, do Carrão, do Corvelo e do maior encalhador: o Paiva! Todos viraram a cidade para o turismo. Faz sentido um Politécnico numa cidade em que se orientou a economia para a hotelaria e tuk-tuks?

(Comentário copiado do Tomar na rede, com a devida vénia e os nossos agradecimentos.)

TURISMO ACADÉMICO 
É QUE ESTÁ A DAR

É um excelente comentário, todavia de resposta óbvia e algum vocabulário equivocado. Cumpre porém começar pelo princípio, continuar pela meio e acabar no fim, como diria o secretário do senhor de Lapalisse. Comenta-se aqui, e não no suporte original, porque de lá se foi corrido em tempos, mostrando assim que, numa terra de turismo, não se tolera contudo o turismo jornalístico. Nada de visitantes perturbadores. Só servidores obedientes do partido. Adiante.
Retornando ao tema original, Paiva não terá sido o maior encalhador, mas sim o principal encanador. Não por ter andado a encanar a perna à rã, que não andou. Porque é dele a maior parte do actual encanamento urbano dos esgotos. O seu a seu dono. Foi também, e além disso, um dos raros turistas eleitorais que não deslustrou a função. Muito acima dos actuais ocupantes do Hotel Paços do concelho, mesmo tendo cometido alguns erros graves. Ainda assim, era outro nível, noutro tempo, também é verdade.
Outro equívoco vocabular é aquele da "hotelaria e tuk-tuks", parecendo-me que o respeitável autor melhor andaria se escrevera "truca-truca" em vez do que lá está, como demonstra a proliferação  entre nós de "hotéis de passe", a que no estrangeiro chamam "motéis", e sobretudo o específico turismo almerinense, que após a sopa de pedra, com o chouriço e as caralhotas, acaba de abrir um "bar da Quicas", anunciado no Tomar na rede e tudo, se me faço entender. Transição feliz do turismo gastronómico para o turismo da cambalhota. Foi só acrescentar algumas febras, e está feito. A Quicas é que sabe! Faz tudo às claras. Não é como outras que por aí andam... E outros, que não se cansam de fecundar o pessoal, situação com mais de uma década.
Segue-se que em Tomar faz todo o sentido um minipolitécnico, justamente para a prática de turismo académico. Há um consagrado e respeitado professor da casa, há muito em turismo residencial em Mação, e vários outros em turismo de passagem por Abrantes. Acresce que, na própria sede, abundam os professores turistas, que turistificam por aqui mas residem alhures. Até os próprios alunos, quando bem conversados, admitem passar a maior parte do ano a fazer turismo, destacando-se a já célebre especialização em turismo de libação, na conhecida "rota das tascas".
Por conseguinte, tudo devidamente ponderado, Vivó Politécnico!, Vivó Turismo cultural!, Vivó Turismo académico! Vivó turismo autárquico! Vivó turismo eleitoral! E vivó Direito à preguiça, cuja leitura atenta se recomenda. Porquê? Ora ora! Porque o ócio é o turismo do pensamento e Paul Lafargue, o autor da obra, estava particularmente bem informado. Além de médico e pensador, era também genro de Marx. Esse mesmo, o do Capital.


quarta-feira, 17 de abril de 2024



Tribuna do PSD Tomar

TIAGO CARRÃO 
REELEITO PRESIDENTE DO PSD TOMAR


No passado dia 13 de abril, realizaram-se as eleições para os órgãos da secção de Tomar do Partido Social Democrata. Destas eleições resultou a renovação da liderança de Tiago Carrão na Comissão Política e a reeleição de Lurdes Ferromau Fernandes como Presidente da Mesa da Assembleia de Militantes. Apesar de ser lista única, a participação dos militantes e a unanimidade dos votos são reflexo da união do partido em Tomar e da ambição partilhada pelos militantes: vencer as eleições autárquicas do próximo ano e devolver aos tomarenses a esperança no futuro. Os órgãos da secção do PSD de Tomar são agora compostos por:


Comissão Política

Presidente
| Tiago Manuel Henriques Carrão

Vice-Presidente | Ricardo Jorge Martins Carlos

Vice-Presidente | Ana Isabel de Oliveira Palmeiro Calado

Tesoureiro | José António Marques Figueiredo

Secretário | Alexandre Gabriel Mateus Horta

Secretário-Adjunto | Paulo Alexandre Matos da Silva Melo

Secretário-Adjunto | José António Fernandes Ferreira

Secretário-Adjunto | Fernando José Filipe Cândido

Coordenador Autárquico 
Joaquim Dias Palricas


Mesa da Assembleia de Militantes

Presidente | Maria de Lurdes Ferromau Fernandes

Vice-Presidente | Paulo José Pedro Mendonça

Secretária | Elizabeth Yureima Marquez Torres

Suplente | Marisa Manuela Coelho Marques

Após o anúncio dos resultados, Tiago Carrão agradeceu a confiança dos militantes, reconhecendo a responsabilidade acrescida que este resultado significa para os novos órgãos do PSD Tomar, apelando ao empenho de todos para o trabalho em curso, rumo às eleições autárquicas de 2025 e à preparação de um "projeto sério, mobilizador e transformador para o concelho".

Tomar, 16 de Abril de 2024

PSD Tomar